Categorização dos pilares ESG no Agronegócio Corporativo: diagnóstico em propostas de crédito de uma instituição financeira pública com ênfase nos ODS

Abstract

Diante de crescentes exigências por transparência, efetividade e legitimidade na atuação estatal, este estudo investiga como práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) têm sido incorporadas em propostas de crédito oriundas do agronegócio corporativo, submetidas a uma instituição financeira pública no Brasil. O objetivo central consiste em analisar as práticas declaradas, categorizando-as segundo os três pilares do ESG e avaliando sua aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A abordagem metodológica adotada é mista, com técnicas qualitativas e quantitativas, incluindo análise documental e categorização sistematizada com base em referenciais internacionalmente reconhecidos, como GRI, ISE B3 e ABNT PR 2030. A base empírica compreende propostas de crédito protocoladas em 2024 no Segmento Corporativo do Agronegócio. Os resultados revelam predominância de iniciativas ambientais, menor frequência de práticas sociais e de governança, além de distintos níveis de maturidade entre empresas, com destaque para diferenças entre cooperativas e firmas tradicionais. Identificou-se ainda correlação entre maturidade ESG e indicadores financeiros, como nível de endividamento. A partir de uma matriz estruturada de categorização, a pesquisa propõe um modelo diagnóstico aplicável à análise de crédito, contribuindo para o aprimoramento institucional na incorporação da sustentabilidade às políticas públicas de fomento, reforçando o papel dos bancos públicos na promoção de investimentos responsáveis alinhados à Agenda 2030.

In a context of increasing demands for transparency, effectiveness, and legitimacy in public action, this study investigates how ESG practices have been incorporated into credit proposals from corporate agribusinesses submitted to a public financial institution in Brazil. The research aims to analyze the declared practices and categorize them according to the three ESG pillars (Environmental, Social, and Governance), while also examining their alignment with the Sustainable Development Goals (SDGs). The methodological approach is mixed, combining qualitative and quantitative techniques, including documentary analysis and systematic categorization based on internationally recognized frameworks such as GRI, ISE B3, and ABNT PR 2030. The empirical basis consists of credit proposals submitted in 2024 within the Corporate Agribusiness Segment. The findings highlight a predominance of environmental initiatives, a lower frequency of social and governance practices, and varying levels of maturity among companies, particularly between cooperatives and traditional firms. The study also reveals a correlation between ESG maturity and financial indicators such as indebtedness. Based on a structured matrix of categorization, the research proposes a practical diagnostic framework that enables public financial institutions to assess ESG maturity levels in credit analysis processes. The results contribute to advancing institutional strategies for integrating sustainability into public credit policies and reinforce the role of public banks in promoting responsible investment aligned with the 2030 Agenda